“Tenha sempre 10 anos.
Não tenha medo de nada, só talvez do escuro. Quebre vidraças, despenque de árvores. Perca o dente da frente, esfole o joelho e tenha horror a banho 😖. Ame todas as pessoas do mundo, goste de cada uma delas, menos do menino chato da sua classe que empurra você.
Entre as 7 bilhões de pessoas do planeta, não gostar apenas dele não é pecado.
Seja ingênuo, puro, apesar daquela sensação estranha e o calor que dá quando, sem querer, a gente esbarra na pessoa mais legal do mundo.
Faça perguntas o tempo todo, que constrangem seus pais. E encha a paciência deles sempre perguntando o porquê (nunca esqueça do porquê, lembra do desafio do @marcelokimuradesign? Pois é). Ensine seus pais a mexerem no tablet, smartphone, todas as coisas que tem a sua idade e que os adultos às vezes não entendem.
Ensine seu avô e avó mexerem com elas e a ter 10 anos de novo.
Quem tem 10 anos não quer ser nada. Quer uma bicicleta de natal e ter dez centímetros a mais.
Quem tem 10 anos tem tudo. E vive largado, descalço, sem pentear o cabelo e feliz. Desfrutando de todas as coisas que o dinheiro não compra: como um sono profundo, cabeça limpa, paz de espírito, uma imaginação sem limites e pouco pecados (tirando mentiras brancas e alguns puns). Tenha sempre 10 anos.
São as pessoas que tem sempre 10 anos que mudam o mundo. Porque elas não envelhecem, tem os olhos e os ouvidos cheios de infância, não levam a vida tão a sério e criam coisas geniais e malucas porque são capazes de ver um foguete ou um cavalo em um cabo de vassoura.
Tenha sempre 10 anos.”
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Essa crônica foi escrita pela Google para comemorar os seus 10 anos aqui no Brasil, em 2015. Eu roubei o texto do @geekpublicitario (eu tenho salvo o link desde aquele dia).
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Eu nunca li um texto tão parecido comigo.
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